Se a sua moto parou de mandar faísca, o problema pode estar em uma cadeia de componentes — da vela à fiação. A seguir, listamos os 9 motivos mais comuns que deixam a moto sem centelha, especialmente nas CG 150 e CG 160.
1. Vela de ignição ruim é campeã de reclamação
É o primeiro item a verificar. Vela gasta, suja, com isolador rachado ou encharcada de combustível não gera centelha. Até vela com o gap errado atrapalha. Se tiver dúvida, troca logo por uma nova, da especificação certa.
2. Cabo ou cachimbo com mau contato? Já era faísca
O fio que liga a bobina à vela pode estar partido, oxidado ou com resistência zoada. O cachimbo solto ou quebrado também barra a corrente. Vale testar e, se tiver suspeita, trocar — cabo ruim não perdoa.
3. Bobina de ignição fraca ou queimada
É ela que joga alta tensão pra vela. Se a bobina estiver com defeito, a faísca ou some ou fica fraquinha demais. Muita gente troca por peça paralela barata e depois não entende por que a moto não pega. Teste com multímetro e compare com o manual. Tá fora? Troca.
4. Sensor de pulso (CKP) descalibrado ou queimado
Esse sensor avisa a ECU/CDI quando disparar a faísca. Se ele falha, o módulo se perde e não gera ignição. Muito comum queimar por calor e vibração, principalmente nas CG 150 Fan de 2009 a 2015. Medir a resistência ajuda a descobrir.
5. CDI ou ECU fora do jogo
Na CG 150 com carburador é CDI; na 160 com injeção, é ECU. Se qualquer um deles queimar ou não receber sinal, a moto simplesmente não vai mandar faísca pra vela. Antes de culpar o módulo, teste cabos, sensores e alimentação. Muita vez o problema tá fora.
6. Falta de energia ou mau contato nos interruptores
Se a bateria estiver fraca (no caso das CG 160), esquece faísca. Sem carga, a ECU nem acorda. Também cheque fusíveis, chave de ignição, botão corta-corrente e, se tiver, sensor do descanso lateral. Um desses travado ou quebrado já é motivo pra pane.
7. Sensor de inclinação ativado? Vai cortar tudo
A CG 160 vem com sensor de tombamento. Se ele estiver fora do nível ou com defeito, o motor não vai ligar por segurança. Reposicione o sensor ou troque se estiver bichado.
8. Fiação ruim: o vilão invisível
Tem muito caso de fio partido, aterramento ruim ou conector oxidado no chicote da ignição. Às vezes o cara troca tudo e esquece de olhar se o fio nem tá levando corrente. Chicote ruim é dor
9. Peça paralela e vibração: a dupla do azar
Já viu bobina vibrando solta? Dá mau contato, quebra fio interno e some a faísca. E se for peça paralela, então… A chance de dar pau é grande. Fixe bem a bobina e prefira peça boa.
Conclusão
A falta de faísca pode parecer um problema misterioso, mas quase sempre tem solução simples — se você souber por onde começar. Fazer testes básicos, observar detalhes como cabos e conectores e evitar peças paralelas já eliminam boa parte dos defeitos mais comuns. Diagnóstico certo é meio caminho andado pra moto voltar a funcionar.